segunda-feira, 2 de março de 2020

Antoine de Saint-Exupéry


Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho,
Fonte: Wook
Tendo como ponto de partida o conhecido conto original de Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho, neste livro nota-se a mistura do real e do ficcional, sendo o autor francês – personagem referencial – colocado no interior da criação literária e em íntima interacção com uma personagem central, por si inventada: o Principezinho, essa «figurinha, muito elegante e composta» que ostentava «uma estrela em cada ombro», e que, aqui, também constitui uma personagem referencial. Para além do jogo real-onírico, que se reflete, por exemplo, na oscilação entre espaços verdadeiros e espaços (re)inventados (como a escola de Friburgo, a casa de Saint-Maurice ou o aeródromo de Borgo e o fundo do mar), entre personagens referenciais e personagens ficcionais (Jules Védrines ou o próprio Antoine / António a “contracenar” com o Principezinho) e entre um tempo histórico (o da Segunda Guerra Mundial) e um rico tempo psicológico, feito de sonhos e de viagens imaginárias. Existem, também, outras isotopias que contribuem para a interessante configuração temático-ideológica do conto, a saber: mar / terra (céu); infância / adultez; presente / passado; mal / bem; guerra / paz. Recorrentes são, ainda, os segmentos textuais que evidenciam o amor à escrita e aos livros, sendo este tópico geralmente colocado em oposição à situação de infelicidade e/ou de vida forçada. Assiste-se, na linha do que ocorre no conto do francês Saint-Exupéry, a uma evidente valorização da amizade e das relações humanas em geral.
Fonte:Sara Reis da Silva 

Obra disponível nas bibliotecas do agrupamento de escolas Sebastião da Gama

Boas Leituras!

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