Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho, |
Fonte: Wook
Tendo como ponto de partida o conhecido conto
original de Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho, neste livro
nota-se a mistura do real e do ficcional, sendo o autor francês – personagem
referencial – colocado no interior da criação literária e em íntima interacção
com uma personagem central, por si inventada: o Principezinho, essa «figurinha,
muito elegante e composta» que ostentava «uma estrela em cada ombro», e que,
aqui, também constitui uma personagem referencial. Para além do jogo
real-onírico, que se reflete, por exemplo, na oscilação entre espaços
verdadeiros e espaços (re)inventados (como a escola de Friburgo, a casa de
Saint-Maurice ou o aeródromo de Borgo e o fundo do mar), entre personagens
referenciais e personagens ficcionais (Jules Védrines ou o próprio Antoine /
António a “contracenar” com o Principezinho) e entre um tempo histórico (o da
Segunda Guerra Mundial) e um rico tempo psicológico, feito de sonhos e de
viagens imaginárias. Existem, também, outras isotopias que contribuem para a
interessante configuração temático-ideológica do conto, a saber: mar / terra
(céu); infância / adultez; presente / passado; mal / bem; guerra / paz.
Recorrentes são, ainda, os segmentos textuais que evidenciam o amor à escrita e
aos livros, sendo este tópico geralmente colocado em oposição à situação de
infelicidade e/ou de vida forçada. Assiste-se, na linha do que ocorre no conto
do francês Saint-Exupéry, a uma evidente valorização da amizade e das relações
humanas em geral.
Fonte:Sara Reis da Silva
Obra disponível nas
bibliotecas do agrupamento de escolas Sebastião da Gama
Boas Leituras!
Sem comentários:
Enviar um comentário