Três anos passariam para, em carta a Joana Luísa (ainda sua
namorada), escrever: “Hoje é dia de Natal! Hoje é dia de Natal! Nas capelas
todas, os sinos todos toquem! Cantem a minha Alegria por ser dia de Natal!
Porque será que a minha Alegria é assim suavezinha como uma saudade, como um
cair de Tarde?” Um pouco adiante, na mesma carta, transcrevia um poema feito
nesse dia:
Eu não tenho razão pra estar triste...
Eu hoje sou a Estrela e os Reis Magos
e sou a ovelhinha do Presépio...
Mas vou triste, Menino de Belém.
Não me lembra que faltam
trinta e três longos anos pra que eu seja
a dor que há de matar a Tua Mãe
A concluir a carta, despedia-se: “Pois adeus, Luísa. Eu não
venho desejar-te, como toda a gente, um Natal muito feliz e um ano novo cheio
de prosperidades. Venho desejar-te um Natal igual ao meu: um Natal que é ...
Texto de João Reis Ribeiro (Adaptado)
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