Concluído o processo de apreciação dos poemas, foram
apurados os vencedores da 3ª edição do concurso de poesia do agrupamento de
escolas “Sebastião da Gama”.
Este concurso foi promovido pelas bibliotecas do agrupamento
em articulação com professores titulares de turma e Departamento de Línguas.
A cerimónia de entrega dos prémios e certificados de
participação será brevemente divulgado.
À semelhança dos anos anteriores será elaborada uma antologia dos poemas participantes e posteriormente produzido um ebook, a divulgar na página do agrupamento blogue e facebook das BE.
À semelhança dos anos anteriores será elaborada uma antologia dos poemas participantes e posteriormente produzido um ebook, a divulgar na página do agrupamento blogue e facebook das BE.
Os vencedores são:
1º LUGAR
Iuliana Gitu
12ºG, nº16
Sal que na minha alma se esconde
Sal que na minha alma se esconde
E no meu coração penetra
Come-me por dentro
A doçura que me faz falta
Disfarça-se de puro
Enganando-nos com o seu branco
Mas só vejo o negro
Que adquiriu da minha alma
Salpica as minhas emoções
Como se fossem a sua refeição
Mas em vez de me dar sabor
Devora-me sem compaixão
O pouco doce que em mim tinha
Esse sal o tirou
Ficando só com a angústia
No meu coração
2º LUGAR
Iúri Pereira
12ºB
O mar que sempre nos embalou
O mar que sempre nos embalou
Aconchegando Portugal
Acolheu quem nele buscou
E deu-lhes do próprio sal
E tanto os salgou
Que se fez bicho do mar o homem
Soprado se espalhou
Por terra qual em que ruge o mar e as ondas morrem
No seio do azul profundo
O sal conservando o alimento
Que por águas onde finda o mundo
Tanto escasseia o mantimento
Prove-se então desse povo navegante
Ver-se-á que é salgado
Se até o bacalhau distante
Por cá ganhou famas de curado
Por terra e mar pelejou
Achando sempre vitória sobre os inimigos
O sal do mar assim os temperou
Pr’a enfrentar tão grandes perigos
3º LUGAR
Joana Patrício,12ºG
Escola Secundária Sebastião da Gama
Amor salgado
Amor salgado
Este sal vagabundo
Dentro de nós vagueia
Apesar de ser profundo
Há gente que o odeia.
É o tal ingrediente
Pelo qual não esperamos
Ele apenas aparece
Quando menos ansiamos.
Este sal ardente que nos aquece o coração
Disfarçando-se de branco pois é encarnado.
Para alguns é a grande razão
Da existência de um percurso conturbado.
Este sal bastante forte
Que por vezes deixa um corte
Mas que dá gosto à vida
Num sofrimento embebida.
Este sal que é cego
E me engana sem saber
Que com cuidado pego
E espalho o quanto puder.
Este sal que é o amor
Sentimento de grande sabor
Combate a amargura do passado
Sendo constantemente polvilhado.
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