sábado, 23 de abril de 2016

DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DO CONCURSO DE POESIA CATEGORIA (Secundário-12 ºAno)

Concluído o processo de apreciação dos poemas, foram apurados os vencedores da 3ª edição do concurso de poesia do agrupamento de escolas “Sebastião da Gama”.
Este concurso foi promovido pelas bibliotecas do agrupamento em articulação com professores titulares de turma e Departamento de Línguas.
A cerimónia de entrega dos prémios e certificados de participação será brevemente divulgado.
À semelhança dos anos anteriores será elaborada uma antologia dos poemas participantes e posteriormente produzido um ebook, a divulgar na página do agrupamento blogue e facebook das BE.

Os vencedores são:
1º LUGAR
Iuliana Gitu 
12ºG, nº16
Escola Secundária Sebastião da Gama

Sal que na minha alma se esconde

Sal que na minha alma se esconde
E no meu coração penetra
Come-me por dentro 
A doçura que me faz falta

Disfarça-se de puro
Enganando-nos com o seu branco
Mas só vejo o negro
Que adquiriu da minha alma

Salpica as minhas emoções
Como se fossem a sua refeição
Mas em vez de me dar sabor
Devora-me sem compaixão

O pouco doce que em mim tinha 
Esse sal o tirou
Ficando só com a angústia 
No meu coração




2º LUGAR
Iúri Pereira
12ºB
Escola Secundária Sebastião da Gama

O mar que sempre nos embalou

O mar que sempre nos embalou
Aconchegando Portugal
Acolheu quem nele buscou
E deu-lhes do próprio sal

E tanto os salgou
Que se fez bicho do mar o homem
Soprado se espalhou
Por terra qual em que ruge o mar e as ondas morrem

No seio do azul profundo
O sal conservando o alimento
Que por águas onde finda o mundo
Tanto escasseia o mantimento

Prove-se então desse povo navegante
Ver-se-á que é salgado
Se até o bacalhau distante
Por cá ganhou famas de curado

Por terra e mar pelejou
Achando sempre vitória sobre os inimigos
O sal do mar assim os temperou
Pr’a enfrentar tão grandes perigos



3º LUGAR
Joana Patrício,12ºG
Escola Secundária Sebastião da Gama

Amor salgado

Amor salgado
Este sal vagabundo
Dentro de nós vagueia
Apesar de ser profundo
Há gente que o odeia.

É o tal ingrediente
Pelo qual não esperamos
Ele apenas aparece
Quando menos ansiamos.

Este sal ardente que nos aquece o coração
Disfarçando-se de branco pois é encarnado.
Para alguns é a grande razão
Da existência de um percurso conturbado.

Este sal bastante forte
Que por vezes deixa um corte
Mas que dá gosto à vida
Num sofrimento embebida.

Este sal que é cego
E me engana sem saber
Que com cuidado pego
E espalho o quanto puder.

Este sal que é o amor
Sentimento de grande sabor
Combate a amargura do passado
Sendo constantemente polvilhado.


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